Assumir a AIDS deu paz para que Freddie Mercury partisse, diz amigo

Publicado em 21/11/2019 07:55
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O astro Freddie Mercury faleceu em 24 de novembro de 1991, porém os incidentes que lhe cercaram nos últimos dias de vida seguem virando notícia até hoje. Uma destas histórias agora foi contada por Peter Freestone, um dos amigos próximos do músico que permaneceu ao lado do vocalista do Queen na época em que o músico já estava bastante debilitado.

Numa entrevista à Express, o antigo amigo se recordou do delicado período em que Freddie passou pelos últimos dias de vida. Um dos maiores medos do astro era que a AIDS chegasse num estágio onde ele não pudesse cuidar de si mesmo ou decidisse seu destino.

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“Eu não quero ser um fardo para ninguém. Eu gostaria de sentir que parti sem ser um fardo (para ninguém)”, chegou a afirmar o cantor. De acordo com Peter, que viveu com Freddie na mansão do astro entre 1978 e 1991, ele e outros amigos se revezavam para fazer companhia ao cantor durante a difícil fase.

“Na última semana, ele já não saia mais da cama e nunca estava sozinho. Nós fazíamos turnos de 12 horas (para acompanha-lo). Eu estava sentado na cama segurando as mãos dele para que, quase ele acordasse, tivesse alguém lá. Nós conversamos sobre amenidades como amizades e fofocas“, afirmou Freestone, que explicou: “A última vez que o vi foi em 22 de novembro, uma sexta-feira à noite.”

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Naquele dia, Freddie Mercury telefonou para seu empresário e amigo, Jim Beach, e juntos os dois decidiram publicar um comunicado oficial confirmando as inúmeras suspeitas a respeito do seu real estado de saúde.

“Após a enorme conjectura na imprensa nas últimas duas semanas, quero confirmar que fui diagnosticado como HIV positivo e tenho Aids. Achei correto manter essas informações em sigilo até o momento para proteger a privacidade das pessoas ao meu redor. No entanto, chegou a hora de meus amigos e fãs ao redor do mundo conhecerem a verdade e espero que todos se juntem a mim, meus médicos e todos aqueles em todo o mundo na luta contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito especial para mim e sou famoso pela falta de entrevistas. Por favor, entenda que essa política continuará.”

Peter afirmou que, ao contrário do que muitos acreditam, Freddie não divulgou o comunicado sobre seu verdadeiro estado de saúde somente um dia antes de morrer. O documento foi publicado na sexta-feira à noite, porém acabou sendo veiculado somente no sábado pela manhã. E o grande amigo do astro crê que foi exatamente isso que ajudou Freddie a “encontrar paz”.

“Eu nunca tinha visto ele tão relaxado, só (ficou assim) depois que o segredo foi revelado. Não havia mais nada para esconder ou se preocupar. Então ele pôde se preparar. Foi um alívio enorme (para ele) simplesmente deixar aquilo sair”, revelou Peter.

No dia seguinte, Freddie faleceu, mas Peter revelou que gosta de acreditar que o amigo simplesmente “escolheu ir embora”. “Todos sabíamos que não demoraria muito (para ele morrer), mas o médico dele disse que ele poderia ter ficado conosco por mais alguns dias. Eu tendo a sentir que o Freddie decidiu que já tinha passado pelo suficiente e que já era hora de ir em seus próprios termos“, assegurou.

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