Não seria exagero dizer que o paulistano MC Zaac passou a fazer “funk pra gringo ouvir”. Depois de “Vai Malandra”, sua parceria com Anitta, Maejor e Tropkillaz no ano de 2017, o músico investiu em canções que vão além do português como “Bola Rebola” (2018) e agora “Are U gonna tell her?”, sua recente parceria com a sueca Tove Lo.
De referências mais naturais como os funkeiros Claudinho e Buchecha e MC Marcinho, o músico Isaac Daniel Júnior, seu nome verdadeiro, aponta que se inspira também em nomes mais inusitados como o de Cely Campelo. Existe algo de “Estúpido Cúpido” na batida de “Vai Embrazando”, o que acabou influenciando na melodia também de “Vai Malandra”. Neste bate-papo com o Observatório de Música, o cantor comenta sua parceria com Tove Lo e sobre a ascensão do funk internacionalmente.
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Zaac, quando você iniciou no funk com “Bumbum Granada” imaginou que um dia o funk estaria ganhando proporções internacionais?
“Eu acho que a música brasileira num todo é muito bem “exportada”, gringo gosta do nosso swing. O funk ganha cada vez mais popularidade lá fora por conta disso, é uma batida diferente do que eles estão acostumados.
Creio de uma forma geral a música latina tem muita aceitação em outros países”.
Ainda sobre o inicio de sua carreira, de lá pra cá, o quando o funk evoluiu?
“O funk vêm crescendo cada vez mais de lá pra cá. Já foi muito criticado, mas a verdade é que a batida envolve muito, é difícil quem não se renda”.
Você é adepto ao funk 150BPM?
“Qualquer tipo de música vai se modificando, sempre tem alguém com alguma coisa diferente a acrescentar.
Na minha opinião isso só enriquece e fortalece cada vez mais o segmento; são várias formas de diferenciar cada vez mais algo que que é tão característico da gente”.
Muitas cantoras de funk como Anitta e Ludmilla gravaram faixas com artistas internacionais mas você é um dos únicos representantes masculinos nessa internacionalização do funk, não? O que é que o MC Zaac tem que agrade os gringos e as gringas?
“Eu acho que o hoje o mundo da música está de portas abertas pra todo mundo, antes o processo era um pouco mais complicado. As meninas abriram um grande espaço, porém tem muita gente legal gravando com artistas de fora e artistas de fora cada vez mais querendo parcerias brasileiras.
Eu sou alguém que está sempre disposto a estudar cada vez mais a música, é algo que me fascina realmente, acho que isso que me ajuda a ter parcerias tão legais e chegar em tantos lugares diferentes.
De quem veio o convite para você cantar em “Are you gonna tell her” da Tove Lo? Você participou da produção da faixa tambem?
“Partiu da própria Tove, ela já conhecia o meu trabalho por meio das redes sociais e me procurou para que pudéssemos gravar algo juntos”.
Vocês já haviam conversado antes? Qual era a ideia por trás da musica? Como foi o primeiro encontro de vocês?
“Nosso primeiro encontro foi essa semana, por incrível que pareça, mesmo tendo tanta sintonia, nós encontramos no fitdance para gravar a coreografia e em breve estará disponível para todos curtirem também.
Ela é uma pessoa de ótimo astral é muito simpática, a equipe toda é super atenciosa, fiquei muito feliz e conhecer todos”.
Tove Lo é conhecida por letras picantes e extremamente intimistas. Ela é uma grande representante do feminismo. O que você acha que ela viu em você para ganhar esse feat?
“Eu sou um cara muito tranquilo e desprendido de qualquer estereótipo, se é música, e que me agrade, vou fazer com o maior prazer, e com ela não foi diferente, foi tipo aquela coisa do “santo bateu” (risos)
Quando é que vocês lançarão o clipe?
“Não tenho muitos detalhes. Vamos aguardar os próximos capítulos (risos)”.
(Com a colaboração de André Júnior)